Fala galera, meu primeiro post do ano!!
E não poderia deixar de ser sobre algo que muitos tenistas desejam: como melhorar a potência em seus golpes.
Falaremos sobre os golpes de baseline, sendo que não aprofundaremos em questões muito subjetivas dos golpes, englobaremos tudo no forehand.
Bom, necessariamente para se obter um golpe de fundo, ou drive, mais potente: a famosa bica, tijolo, tiro … tenista deve adquirir esses fundamentos:
Footwork – Aproximação da bola.
Equalização de forças – Equilíbrio
Uso das articulações – Somando se obtém força.
Velocidade de raquete – Momento Angular
Quando se parte para uma bola com a intenção de acelerar o golpe o tenista deve ter inicialmente definido a formatação da bola, como essa bola está chegando até você. Ela vem com backspin, top spin, vem com peso, sem peso? Isso é importante para que se tenha “timing” suficiente para a chegada a bola e dissipar toda a energia que está disposto a disparar.
Para tenistas mais iniciantes, que estão em transição para um nível mais intermediário o felling da bola ainda é pouco apurado, sendo assim, quando querem acelerar e gerar mais potência ao golpe normalmente atropelam a bola ou isolam, batendo a bola para o alto.
Pontos fundamentais devemos trabalham a fim de adquirir potência aos golpes de baseline, são eles:
1 – Footwork (Trabalho de pernas)
Após a saída da bola da raquete do adversário, seu próximo passo é ajustar seu corpo para o momento que você gostaria que acontecesse aquele Winner com uma bola faiscando de velocidade.
Mas… logo antes o contato da bola do adversário você não fez o split step e não conseguiu posicionar o corpo em posição neutra e alerta, para partir até a tão desejada bola.
Na saída atrasada para essa bola, você não fez os passos de ajuste fino para frear o corpo antes da formação da base e acaba passando o corpo da linha da bola, sua face da raquete inclinou para cima e você realizou aquele “Home Run” e a bola foi para na lanchonete do clube.
Brincadeiras a parte, como professor vemos cenas como essa frequentemente e já sabemos o que você leitor erra. Vamos ao passo a passo para te ajudar a conseguir se posicionar para essa bola.
Primeiro: Ative suas pernas e procure saltitar em quadra, isso vai tirar você da inércia e o fará ficar mais leve em quadra.
Segundo: Split Step!!!! – Vem daí toda a observação da bola. Nós tenistas adquirimos, com o tempo, habilidade visio-motora. Ou seja, ajusto meu corpo de acordo com o que vejo da bola.
Terceiro: Ajuste fino – Esse é o trabalho de pernas realizado a um raio de 3m da bola. São passos curtos e com bastante atrito para conseguir parar e empurrar o chão, levando explosão para os membros superiores.
Ao perceber que a bola perdeu peso, prepare sua raquete e com passos pequenos chegue até a bola girando seu tronco e quadril, contando os passos até chegar a bola. Basicamente quanto mais passos realizar, melhor será o ajuste até a bola.
Quarto: Base – A formação da base é o que dará equilíbrio e estabilização para que consiga realmente imprimir potência ao golpe. Falaremos delas a seguir.
2 – Equalização de forças
No momento em que o tenista fez todo o trabalho de pernas, o próximo passo é equalizar forças, a preparação do golpe, com a ajuda da base (existem basicamente 3 tipos), conseguimos acumular e liberar energia elástica para executar um potente golpe.
No momento de chegada a bola, o braço não dominante da raquete precisa estar em direção a bola, isso fará com que aconteça uma estabilização torácica, mantendo ombros e tronco girados e firmes, ao ponto de gerar força explosiva.
O golpe junto com toda a estabilização dependem das bases, por exemplo, chegar até a bola levantando a perna “like a guga” te deixa em situação de desequilíbrio, isso faz com que seu tronco e quadril não consigam estabilização suficiente para gerar energia para um golpe potente e firme, além de auxiliar no risco de lesão, vide o próprio a Guga.
Existem 3 tipos de base:
Open Stance: Essa é a base do tênis moderno. A maioria dos jogadores profissionais utiliza esse tipo de base por conta da velocidade de bola, sendo quase inviável colocar as outras bases com a perna esquerda (para os destros) a frente no golpe de forehand.
Utiliza-se essa base para golpes na corrida ou para gerar no salto para a bola mais força vertical para o golpe. Na HC Tennis School, trabalhamos exercícios específicos quando o aluno atinge o nível intermediário, dando condições de golpear a bola cada dia melhor, acompanhando o ritmo mais elevado de bolas.
Semi Stance: Essa base a perna esquerda (destro) vem a frente na hora do contato para a bola e é utilizada quando se corre para frente em bolas normalmente golpeadas abaixo da linha de cintura. Muito recorrentes em approaches com a bola mais baixa.
Close Stance: É a base clássica. Antigamente por conta da velocidade da bola, tipo de quadra, tenistas utilizavam essa base, pois dava tempo de frear com a perna esquerda a frente (destro) para realizar o movimento (forehand).
Esta base tem uma ótima alavanca de força, podendo o tenista gerar velocidade e potência ao golpe. Normalmente utilizada quando a corrida para a bola é mais horizontal, corrida em direção aos corredores e tempo hábil para frear o corpo.
A força no tênis é formada de baixo para cima, sendo assim a base é componente fundamental na composição desse golpe potente tão sonhado. (Escrevemos no post anterior dicas de exercícios para se fazer em quadra, todos eles auxiliam o tenista a obter golpes mais potentes).
3 – Utilização das articulações
Neste tópico a soma das forças das articulações trabalham em prol de um golpe potente. Digamos que uma bola veloz é a somatória das forças dessas articulações.
- Tronco;
- Quadril;
- Ombro;
- Cotovelo;
- Punho.
O tronco e o quadril trabalham com rotação e todo o golpe de baseline começa com essas articulações. O uso dessas articulações fazem com que o tenista golpeie utilizando o corpo quase em totalidade e não apenas um trabalho braçal.
A rotação da parte superior do tronco é de aproximadamente 110° graus da posição de prontidão. Ou seja, preparado para deferir a famosa “bica”!!!!
Se pegarmos as articulações do braço: Ombro, cotovelo e punho. Veremos que respectivamente: X, Y, Z fazem uma somatória de forças. X+Y é menor que X+Y+Z. Sendo assim, não basta golpear com ombro e cotovelo, se o punho também não exercer movimento para gerar velocidade à cabeça da raquete.
4 – Velocidade de raquete – Momento Angular
O momento angular acontece logo após a rotação do tronco e a formação da base. Se inicia com a força contrária do braço não dominante, levando o tronco como se fosse uma hélice, trabalhando em bloco, favorecendo o giro do quadril e empurrando o ombro direito (destro) a frente da linha do corpo. Que coisa linda!!!!
A fase da terminação do golpe é o trabalho do momento angular. A utilização do braço não dominante no movimento faz com que aquele “trabalho braçal” não aconteça, pois o giro do tronco poderá fluir livremente,
Com um momento angular amplo o tenista conseguirá alcançar a maior velocidade de explosão podendo usar 100% da sua capacidade.
O punho tem uma função importantíssima na aceleração da raquete, pois é a última articulação a ser utilizada no golpe, levando a cabeça da raquete a frente do braço, adiantando o contato com a bola e ajudando na somatória de forças.
Mas para aumentar sua potência do golpe, lembre-se:
Lembrando que para conseguir essa tão sonhada bola o tenista deve procurar um profissional habilitado para auxiliar nesse processo.
A cada dia de treino você verá que não adianta querer acelerar a bola sem que estes momentos citados no post aconteçam.
O risco de lesão é grande, por se tratar de um momento de explosão. Caso o golpe não esteja tecnicamente de acordo suas articulações sofrerão as consequências. Nosso colega fisioterapeuta Irineu Caixeta já falou de algumas lesões frequentes e prevenções aqui no blog: Cotovelo, Ombro e Joelho.
Nós da HC Tennis School e o blog Bola de Tênis delivery, desejamos um ótimo 2019. Que seja um ano de muitas realizações e muitas chineladas na pelota!!!!!
Grande abraço!!! Play!!
¡Guau! Este é un post de tenis sorprendente sempre atopado, información moi profunda.