Fala galera, como tem passado? Hoje falaremos da importância do trabalho dos pés (footwork) para a eficácia dos golpes em quadra.
Assunto bem legal e abrangente, pois sem a ativação das pernas ficaria difícil chegar a uma bola mais complicada ou se manter em alto nível sem que estejamos atrelados ao tênis adaptado.
O trabalho de pernas é fator decisivo quando o assunto é eficácia nos golpes. O footwork ou “trabalho de pés” é o passo mais importante para você subir de nível no tênis, para conseguir rebater bolas mais rápidas ou com maiores angulações.
Brinco dizendo que a movimentação no tênis (Footwork) é como uma dança, o que a gente precisa é aprender a dançar.
Toda a movimentação é baseada em 4 pontos fundamentais:
Split Step
É o ponto crucial de todo o Footwork no tênis!
Existem tenistas que fazem o Split e existem tenistas que não! Este é um fator de mensuração de nível.
O tenista que não executa o Split, não tem o tempo da bola definido e nem consegue antecipar jogadas, pela falta de visualização do movimento da raquete ou do posicionamento do corpo do adversário.
O Split Step é executado com um salto, o corpo paralelo à rede e executado em uma hora crucial, a hora do contato da raquete do adversário com a bola. O tenista deve cair na ponta dos pés ativando a panturrilha e mais uma cadeia de musculaturas que vão deixá-lo mais leve em quadra.
É nesse momento que você aumenta seu grau de percepção em relação à quadra.
Crie um centro de gravidade baixo que o permitirá ter mais velocidade e balanço. Afinal, quem consegue dançar com os joelhos estendidos (você leitor tentará dançar, aposto!)?
À medida que o seu adversário avança a raquete à bola você estará aterrissando seu corpo no momento que o adversário entra em contato com a bola.
Com a visualização apurada do movimento do adversário, automaticamente, você notará com qual tipo de efeito essa bola virá, com qual velocidade, altura e profundidade.
Logo ao aterrissar, você iniciará sua projeção à bola, seja, avançando ou recuando para um melhor posicionamento.
Uma boa dica é tentar calcular esse tempo entre a movimentação da raquete do adversário, o contato com a bola e a sua aterrissagem no salto do Split Step.
DICA: Conte esse tempo e fique de olho no que o seu adversário aprontou para você.
Ajuste fino (passos curtos em direção à bola)
Neste passo, a chegada àquela tão desejada bola, deve ser feita como um ninja, ou seja, aproximando da bola com o tronco já voltado para fora da quadra, tronco estabilizado e passadas curtas.,
Frear o corpo é importante para conseguir montar uma base coesa e um centro de gravidade baixo para conseguir empurrar o chão na hora do movimento da raquete, gerando mais velocidade e estabilidade no controle da batida.
Este talvez seja o passo mais complicado para o jogador, inclusive para o jogador com pouco tempo de prática e que ainda não se adaptou ao tempo da bola.
Acontece com frequência jogar a bola na tela, no pé da rede, na própria quadra, na lanchonete do clube (brinco assim, porque já acertaram uma bola na minha tigela de açaí que estava na quadra. Depois disso não duvido de mais nada… Rssss)
Deve se adquirir equilíbrio, braços e pernas devem trabalhar em conjunto e os olhos não podem sair da bola, requer coordenação e controle corporal.
DICA: Contar o número de passadas num primeiro momento ajuda a antecipar ou começar a ter um parâmetro para esse tipo ou aquele tipo de chegada à bola.
Passos cruzados
Os passos cruzados surgiram com o tênis moderno, pois a reação para o retorno ao centro da quadra se torna mais ágil e prática. O tênis profissional exige cada dia mais dos tenistas e a velocidade de retorno ao centro da quadra se torna tão importante quanto à ida para a bola.
Após o encontro com a bola, a tendência do corpo é que este atravesse a linha da bola, criando um apoio do final da rebatida.
Neste momento, o objetivo é que o jogador cruze a perna, passando uma por cima da outra, numa passada lateral conseguindo maior equilíbrio e agilidade, auxiliando o jogador a ficar logo de frente para a quadra.
Próximo passo é manter a visualização da bola e antecipar sua próxima jogada!
Não existe nível para que o jogador desfrute dessa facilidade. Treine com afinco, percebendo seu corpo, para que possa coordenar e incorporar esse tipo de movimentação em seu foot work.
Na HC Tennis School trabalhamos esses pontos logo nas primeiras aulas, possibilitando o aluno elevar seu nível mais rápido e com mais qualidade.
Passos laterais;
Os passos laterais acontecem essencialmente no retorno ao centro da quadra, após o primeiro passo cruzado. São executados passos onde os pés chegam a quase tocar um no outro e com o corpo paralelo à rede.
Abaixo uma animação com execução dos Passos laterais (ou side step, como descrito nela).
Os passos laterais servem como splits steps, levando em conta o tempo de reação, às vezes não dá tempo de retornar ao meio da quadra antes do adversário entrar em contato com a bola.
Por causa disso, o ideal é marcar a hora que o corpo aterrissa ao chão e manter o centro de gravidade baixo antes da partida para a próxima bola, normalmente, mudando a direção da corrida.
Nadal uma vez analisado, notaram que um dos grandes méritos do grande campeão não era a velocidade que ele imprimia para chegar à bola e sim a velocidade que retornava dos golpes que deferia.
Isso o ajudava a ter tempo para se posicionar melhor para a próxima bola, podendo inclusive, golpear a bola no lado que quisesse, no caso, o forehand.
Footwork ajuda a elevar seu nível no tênis
Utilize todos os passos em suas aulas, jogos e treinos, eles te ajudarão a elevar seu nível, rebatendo a bola mais cedo, com mais precisão e controle, e conseguirão dominar melhor o centro da quadra, usando taticamente este recurso a seu favor.
Diminuir ângulos é uma das grandes funções do footwork, possibilitando menos erros não forçados.
Bom, pessoal. Espero que o post os ajudem ao tão sonhado estrelato no tênis, seja você tenista profissional ou apenas um tenista amador, que ama o que faz, se dedica e faz com que seu mundo seja melhor a cada dia.
Aproveito para agradecer aos feedbacks positivos que estou recebendo com os posts, muito obrigado!!!! E deixo aqui o convite para vir conhecer a escola e fazer uma aula, conhecer nosso método e ver como trabalhamos de perto.
Um grande abraço a todos e segue o jogo!!! Play!!!!
Gostou do post? compartilhe com seus amigos tenistas!
A Maria Ester Bueno era uma bailarina, vi uma reportagem sobre ela, que elegância e esse trabalho de pés dela é inigualável.
Excelente matéria
Show de bola!
Parabéns campeão suas dicas ajudam muito suas informações fazem o esporte brasileiro ficarem mais tecnicos
[…] Trabalhar o foot work; […]
Parabens pelo trabalho!!! Muito bom material de informação
[…] Como você deve se lembrar, já escrevemos um post completo sobre footwork aqui para o blog. Se quiser revistar acesse: Footwork – A importância para a eficácia dos golpes. […]
Adorei o post! Obrigada por compartilhar seu conhecimento!!