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Se você não reconhece essa expressão, é a hora do jogo deve pensar que é apenas mais um momento, mas para os tenistas isso requer toda uma psicologia tenística. Confira agora o que é e como funciona para melhorar o seu rendimento nas quadras de tênis.
Na hora do jogo é que a gente vê a realidade, as qualidades, a competitividade, a vontade de cada um.
Pode até ser que você nunca tenha passado por esse momento. Mas saiba que é muito importante o tenista entender que tênis é um jogo. E o jogo supõe competitividade, escolhas estratégicas, decisões, emoções, e claro, técnicas pra lidar com o desafio de mandar a bolinha pro outro lado da melhor forma.
Não importa se você é um tenista iniciante, que mal sabe pegar na raquete. Você pode experimentar o jogo da mesma forma, e enfrentar pessoas com a mesma quantidade de experiência que você.
Crianças de 6 anos de idade já vivenciam naturalmente jogos de “vamovê” quando falam pra outro amiguinho: “vamos ver quem chega lá primeiro?”, “vamos ver quem alcança ali?”.
O tenista também DEVE enfrentar o desafio de “vamos ver quem faz mais pontos?” , “vamos ver quem troca mais bolas?”, “vamos ver quem saca mais forte?”.
Leia: O poder da competitividade: transforme seus objetivos em jogo e ganhe resultados melhores
E por aí vão se aprofundando os desafios, que por muitas vezes são decididos em uma área diferente daquela que tanto se praticou na aula de tênis.
O forehand com a perna esquerda na frente e a terminação em cima do ombro muitas vezes nem aparece no joguinho “valendo” e quem vem fazer uma visita na hora do “vamovê” é um tal de “medo de errar” ou uma tal de “que raiva dessa bola!”.
Pode acontecer então, de alguém que nunca jogou um torneio, passar por momentos de desespero e pânico, que podem se tornar verdadeiros traumas!
O tenista pode desejar nunca mais enfrentar essa situação. E diz assim: não sou competitivo. E essa vira a desculpa perfeita e incontestável pra ele nunca mais enfrentar um torneio.
Por falta de orientação ou conhecimentos, o tenista passa a acreditar que só ele se sente assim pra competir. Ledo engano…
Até no mais alto nível de jogo, acontecem inseguranças, falta de controle emocional, frustrações.
A forma com que a gente encara e aprende a lidar com isso é o que vai fazer a diferença entre querer continuar tentando, ou desistir no meio do caminho.
Então vamos lá ver como você pode enfrentar isso aí com a psicologia tenística?
1) Curta o jogo
Curtir o momento da disputa do jogo, é tão importante quanto curtir bater a bola bem no meio da raquete, correr e conseguir pegar aqueeeela curtinha, ou encaixar aquele saque onde você mirou!
Quando você passa a gostar de sentir aquele friozinho na barriga antes de entrar em quadra, as coisas começam a se encaminhar melhor.
Você começa a despertar sua veia competidora e é possível que as emoções “boas” do jogo, passem a compensar as emoções “ruins”.
E lembrando o seguinte, as emoções ruins de decepção, raiva, estresse, valem mais a pena serem sentidas na quadra do que na vida real.
A quadra é uma excelente “escola” pra gente aprender como lidar com nossos sentimentos e também um momento onde podemos extravasar sem sermos mal vistos ou julgados pelos outros.
2. Psicologia Tenística – Prepare-se para ganhar ou perder
Pois é, isso vai ser o máximo que vai acontecer: ganhar ou perder.
E faz parte da vida do tenista, tanto ganhar quanto perder.
Um aluno meu disse o seguinte: você pode ser bom no tênis, ou ruim no tênis, mas sempre vai ter uns 200 caras melhores que você, e uns 200 piores que você.
Verdade, né? Eu acho que esse texto não vai chegar no whatsapp do Federer nem do Nadal pra me desmentir.
Mas se você tiver o contato deles pode encaminhar o post que eu faço questão de alterar o conteúdo do texto…
E me desculpe se estou fazendo uma comparação desleal agora, mas lá pelo ranking 100 da ATP , os jogadores têm geralmente mais derrotas que vitórias. E isso ainda os mantém na faixa dos 100 melhores do mundo!
E nós, pobres pangarés? Temos que ganhar todos os jogos?
3. O “friozinho na barriga” é normal
Se você já sentiu aquele friozinho na barriga, é porque estava se importando com o jogo.
Quando alguém não liga, e não se importa, o sentimento é de indiferença, tanto faz.
Mas se você se preparou, treinou e quer se sair bem no seu jogo, você vai sentir esse “gelo” que é um misto de ansiedade, expectativa, medinho, enfim, uma certa preocupação com o seu desempenho.
Todo mundo gostaria de jogar bem, ganhar, ou os dois!
Veja só: Quadra dura, é duro de jogar?
Mas pode ser que a gente nem jogue bem, e nem ganhe a partida. Essa possibilidade gera insegurança no tenista, e daí já não sabemos mais quem vem antes, o ovo ou a galinha.
O certo é que temos sempre que contar com essas possibilidades sendo realistas, mas também temos que ser otimistas e buscar ao máximo o tempo todo nosso melhor desempenho.
4. E se faltar confiança?
Alternar momentos de altos e baixos é um tanto comum no tênis.
Quantos jogos praticamente ganhos já não foram perdidos com uma virada de jogo surpreendente?
Por ser um esporte individual e de alta precisão, a nossa “cabeça” vai ajudar ou atrapalhar muito o nosso desempenho.
Pela regra, o técnico não pode ajudar nas estratégias, motivação ou energia do jogador. O tenista vai ter que resolver todos os problemas sozinho, e isso pode interferir muito até pelas condições do jogo de tênis.
Leia também: Preparação Psicológica para Jogadores de Tênis de Campo
O tênis, é um esporte de “interferências mútuas”. Isto é, o jeito que eu bato a bola (slice, balão, forte, fraca) vai interferir no jeito que meu adversário responde. E a bola que meu adversário bate, vai interferir no jeito que eu respondo!
Essa é uma excelente definição que eu aprendi em um dos cursos do Daniel Rosenbaum , que ministra cursos para professores de tênis.
Então vai por água abaixo a estratégia do tenista que pensa fixamente: “vou fazer o meu jogo, independente do meu adversário”.
Então esteja preparado pra altos e baixos, ganhar e perder pontos.
O mais importante é que você encare de forma natural, mantendo pensamentos sempre positivos, revisando suas táticas, e mantendo sua vontade de jogar bem e vencer a partida até o final.
Confira também um post que já postamos aqui sobre o assunto: O tênis estressa você?
5. Abaixe sua ansiedade
Assim como no nosso dia a dia não é legal estarmos o tempo todo ansiosos, no jogo de tênis é mesma coisa.
Isso vai atrapalhar nossas decisões, nossa precisão pra acertar a bola do jeito que queremos, e até a nossa esperança em virar um jogo praticamente perdido.
Saber o que fazer nessas situações é muito importante e é o que a maioria dos tenistas deseja saber.
Mas, entender a “fonte” do estresse e ansiedade, foi uma das preocupações dos autores citados acima. Segundo Weinberg & Gould, há duas fontes comuns de estresse: a importância dada a um evento ou competição, e a incerteza que cerca o resultado do evento (Martens, 1987).
Conclusão: a ansiedade vai estar sempre aos redores das competições de tênis. Lidar com ela vai ser o grande diferencial entre quem deseja enfrentá-la, e quem vai ficar pelo caminho.
“Tá, mas e aí? O que eu tenho que fazer?”
Se você está perguntando isso, segue abaixo uma listinha de tarefas obrigatórias para o tenista que decidiu encarar de frente seus medos e ansiedades e mostrar pra que veio no tênis!
- Antes do jogo, procure se concentrar ouvindo uma música que você gosta e que possa te relaxar. Com certeza antes de jogar todo mundo fica ansioso!
- Um bom aquecimento também pode te trazer mais confiança para entrar no jogo mais preparado (e obviamente vai deixar seu “corpo” mais preparado e aquecido pra qualquer movimento mais brusco).
- Lembre-se que você vai ganhar pontos e perder pontos. O mais importante vai ser a hora de fechar games, sets, e o match point. Coloque o máximo de sua energia e concentração nesses momentos.
- Não se abale com algum erro bobo, ou muito grotesco. Errar faz parte. Não perca sua confiança por isso.
- Controle sua respiração. Soltar o ar lentamente pode abaixar sua frequência cardíaca, e trazer um relaxamento físico e mental necessário pra administrar o jogo da melhor forma.
- Se um momento de ira tomou conta de você, não deixe acontecer de novo. Um pouco de raivinha é bom pra competir, mas o excesso vai prejudicar suas escolhas táticas racionais.
- Mantenha uma conversa consigo mesmo, como se fosse seu treinador de fora. Você não vai curtir ter um treinador que diz pra você: “seu burro, como foi errar essa bola?”. Um bom treinador vai te apoiar nas horas difíceis e sempre trará mensagens positivas: “acredita”, “força, vamos lá”, “presta atenção nesse ponto”. E é essa conversa que você tem que ter consigo mesmo na hora do jogo!
Espero que essas dicas sirvam pra te ajudar nos seus jogos e que você reconheça a importância de uma boa preparação mental na hora de jogar tênis.
A cabeça no tênis é muito importante e se você dominar os mistérios que acontecem nos jogos, vai aumentar suas chances de um bom desempenho e conquistar muitas vitórias!
Muito legal ???